Castanheira perde mais uma pioneira: morre Clair Nenevê

RESUMO DA NOTÍCIA

Castanheira perde Clair Nenevê, do grupo de mulheres pioneiras no município. Ela sofria de um câncer que entrou em processo de metástase, vindo a óbito neste domingo em Cuiabá, onde fazia tratamento.
O dito de que “por detrás de um grande homem, existe sempre uma mulher” foi real na vida de Gilson Nenevê, de família de pioneiros em Castanheira. O verbo no passado explica-se pelo falecimento, no início da tarde deste domingo, 09,  no Hospital do Câncer, em Cuiabá, de Clair Nenevê, 59. Ela sofria com um câncer há cerca de dois anos, já tendo feito cirurgia, mas comprovou-se, com o tempo, que houve metástase. 

Clair retornou para tratamento no último dia 5 a capital do Estado. No final de semana anterior a essa data ainda se deslocou à Juina, na companhia do esposo, com o qual conviveu como fiel parceira por 43 anos. Ambos nasceram em Laranjeira do Sul, Paraná, onde se casaram-se em 1976. 

Em Castanheira, essa dedicada esposa fez parte do grupo de pioneiros. Gilson conheceu a região em 1984, voltando, em definitivo, com Clair, em 1986. No então pequeno vilarejo sempre esteve empenhada em ajudar o esposo, que foi funcionário da Madeireira Rezzieri por 15 anos, chegando a gerência. Continuou exercendo o mesmo cuidado quando ele começou a atuar como taxista.

Para os anais do município além das referências de uma esposa dedicada, de ser mãe de Luana Nenevê e a avó dedicada Luan e Cauã, fica a sua fé. De família cristã evangélica desde os tempos de Paraná, em Castanheira atuava ultimamente como obreira da Igreja Mundial. Nesta função era comum visitar as pessoas mais necessitadas. “Sempre tinha palavra de ânimo para os momentos difíceis”, destaca a sobrinha e afilhada psicóloga Rose Nenevê.

O corpo de Clair está sendo trasladado para Castanheira, onde deve chegar no final da manhã desta segunda e sepultado no Cemitério Bom Jesus. Devido a pandemia da COVID 19 e para evitar aglomeração, a família optou por uma cerimônia reservada de despedida. Nas redes sociais muitos homenageiam sua memória. Dr. Pedro Nenevê, entre esses, destaca: "Ela tinha uma vontade enorme de viver!