Dia de reflexão, direcionada em memória de entes queridos que já partiram, na tradição católica. Neste 2 de novembro, Dia de Finados, o clima no cemitério Bom Jesus era de saudade. No cenário da manhã e tarde predominaram olhares distantes, silêncio, ornamentação de túmulos com flores variadas e acima de tudo oração.
Embora não tendo familiares falecidos em Castanheira, o casal Valdemar Batista da Costa e Lucimara, de Sapezal, aproveitaram para dirigir-se ao Cruzeiro, no coração do local, para fazer preces, lembrando aqueles que já se foram. Ariadne Amorim de Souza esteve no local para lembrar os avós paternos Antônio e Antônia e a avô materno Beriz.
Vânia Nava e as irmãs Ivone e Ivete, foram levar flores ao túmulo dos pais. Lembraram, saudosas, tempos que não voltam mais, marcados pela alegria da presença de Ernesto Nava, falecido em 1997, e Ana Nava, em 1998, ambos em tempos festivos: 22 e 29 de dezembro. “Deles aprendemos lições inapagáveis de respeito e educação”, destacam, ante o olhar de Sandra, uma das netas.
Elizete Mendes, acompanhada do filho Douglas Mendes Caetano, prestou homenagem póstumas as irmãs Maria de Fátima Mendes e Geni Mendes de França. E como cada um tem um detalhe pra destacar, lembraram da dor de perde-las num mesmo ano, em 2019, nos dias 26 de maio e 05 de dezembro. No Cemitério Bom Jesus também estão sepultados os pais, Adão Mendes de França e Geni Destro Mendes, falecidos, respectivamente, em 2002 e 2005.
A lembrança do pai, Valdemiro Esteves, falecido em 2019, levou Douglas Fernandes Esteves, 32, a levar flores. “Ele faz muita falta”, disse, com o olhar distante. Em túmulo próximo, Edmar Ferreira separou um tempo para ficar, contemplativo, no túmulo da mãe, Terezinha Ferreira, falecida em 05 de janeiro de 2019, com 88 anos.
Como surgiu a data?
O Dia de Finados é uma data celebrada dentro de uma tradição católica. As missas em memória de pessoas que faleceram tiveram sua origem no século IV, mas foi só no século seguinte que se consagrou um dia para essa celebração. A data escolhida foi 2 de novembro, pois no dia 1º desse mesmo mês é o Dia de Todos os Santos e os líderes desta Igreja acreditavam que, após a morte, as pessoas entravam em estado de graça, mesmo não sendo canonizadas.
“Apesar de recebermos consolo de outras pessoas quando alguém querido se vai, a dor, a tristeza e a saudade são sentimentos normais do luto, pois superar a perda de alguém especial não é uma missão fácil. Porém, ao invés de questionar a Deus o motivo da partida, podemos buscar consolo em seus braços”, registra um deles.