Castanheirenses torcem pela vida da garotinha Àquila

 “Só Deus! Mas, pra  Ele nada é impossível...” As palavras de Gelson Ferreira da Silva, padrasto da garotinha Àquila Diniz Pereira, 10 anos, que se encontra em estado grave no Hospital Cosme Damião, de Porto Velho, RO, para onde foi levada de Vilhena, depois dos cuidados iniciais no Hospital Regional da cidade, revelam a esperança de todos, em Castanheira, que torcem por sua vida.
Áquila, estudante da Escola Municipal Castanheira, e o irmão, Adriel Diniz Pereira, 5, foram passar as férias com o pai, Sérgio de Jesus Pereira, 33, motorista da carreta que chocou-se com um ônibus da empresa Bruna Turismo, no sábado à noite, no km 52 da BR 364, na região conhecida como Vale do Ávila, entre Vilhena e Pimenta Bueno, resultando em 26 feridos e 6 mortos, entre eles o próprio Sérgio, sua mulher, Maely, de 20 anos e a filha do casal, Karen, de 2 anos.

Em Castanheira Gelson monitora as informações, repassadas por sua companheira e mãe de Áquila e Adriel, Angelica da Silva Diniz. “As últimas horas tem sido muito tristes pra todos”, diz, enquanto informa sobre o sepultamento: Maely e a filha Karen em Humaitá, Amazonas, onde residem os familiares, e Sérgio, em Tarilândia, distrito de Jarú, em Rondônia. “Ele faria 34 anos nesta segunda-feira”, destaca. Um dia antes do grave acidente compartilhou com um amigo um sonho que teve, no qual eles, de moto, se chocavam com um ônibus.  

Segundo Gelson, o último Boletim médico indica que o quadro de saúde de Áquila é grave. Todos os exames estão sendo feitos, novamente. Ela machucou o rosto, teve dentes quebrados e o pulmão e baço perfurados. Seu irmão, Adriel, que teve fratura no fêmur, continua internado no Hospital Regional de Vilhena, não apresentando risco de morte. 

Uma menina sorridente

Comovida com a situação, a professora Maria Aurora Velho, da Escola Municipal Castanheira, lembra que Àquila é uma menina alegre, sorridente, elétrica, sempre de bom humor. No último dia de aula, antes de viajar para Rondônia, levou um bolo grande para a sala de aula. “Todos queriam só comer do bolo dela, que estava muito feliz, especialmente porque ia viajar para a casa do pai”. Agora, todos torcem por sua volta.