Castanheirenses continuam jogando lixo em vários pontos da cidade

Se alguém resolvesse, em Castanheira, montar uma casa com material descartado pela população, poderia ter, além de utensílios como geladeira, sofá, fogão, e outros, até um carro. O problema é que parte deste lixo tem sido jogado, com frequência, no entorno da cidade, inclusive aquilo que poderia ser deixado nas lixeiras, que a Prefeitura colocou na frente de cada residência.

Numa semana em que centenas de imagens circulam nas redes sociais mostrando o lixo nas praias do país, o assunto precisa ser considerado pela comunidade. 

“Outro dia uma caminhonete Hilux parou perto de minha casa, alguém desceu, e jogou um saco de restos mortais de algum animal”, diz um morador do Bairro Santa Rita. A cena não é incomum, especialmente nas proximidades do Aeroporto, da Cohab do Noga e até em pontos mais centrais, como nas imediações da Casa da Saudade, segundo levantamento feito por um estudante universitário que pesquisa sobre o assunto.

“Já perdi a conta de cachorros mortos que foram jogados aqui perto de casa”, diz um morador residente na Cohab, que pede para não registrar o seu nome.  Na sua opinião, deveria existir uma área de descarte para este tipo de lixo, onde o veículo de coleta pudesse passar todos os dias, encaminhando o material para um lugar único e definitivo. “Quando um animal morre, o mais prático, para muitos, é jogar em áreas próximas a cidade”, destaca. 

Atento ao problema, o Innovare News já sugeriu para dois vereadores que pleiteiem um local intermediário entre a cidade e o lixão, para encaminhamento especialmente de material de construção. “Dá para construir uma casa com os descartes que fazem dentro da cidade”, observa A. F., 45, lembrando que apesar dos esforços da administração, asfaltando, colocando lixeiras e até construindo calçadas em algumas ruas, com recursos próprios, muitos castanheirenses não fazem o elementar. 

“Alguns dos focos do lixo descartado por alguns cidadãos possuem itens que poderiam simplesmente ser colocados em sacos plásticos ou caixas e deixados nas lixeiras de suas casas”, argumenta um vereador. Mas, nem todos param para refletir sobre os danos à saúde pública causados por essa prática. “É questão de educação!”, lembra.

Diante deste quadro, que enfeia a cidade e contribui para a proliferação de doenças, que alguém pense em alguma campanha. O innovare sugere o envolvimento das escolas, dentro e fora de sala de aula, num grande projeto de conscientização com motes como "Por uma Castanheira mais limpa", "Cuidemos melhor de nossa cidade", "Lixo? Só nas lixeiras e no lixão!", etc. e que a população fiscalize, denunciando os infratores.