Boataria! Eis o termo adequado para definir os desdobramentos de uma conversa fiada, conversa irresponsável ou ato impensado, em sala de aula, numa Escola da cidade de Castanheira. O que foi? Onde foi? Quem está envolvido? Tudo está esclarecido e todas as medidas necessárias foram tomadas. "Nada que seja novo debaixo do sol", diria o sábio Salomão. O registro oficial, porém, pode ter o efeito de piorar o que já é caótico. Bastou uma tentativa, na noite desta terça-feira, neste Blog, quando editamos um texto com a narrativa dos fatos, para que mensurássemos, em minutos, o grau de insanidade de muitos. De imediato, tomamos a decisão de excluí-lo. Acalmar ânimos, pacificar, descomplicar, agir com coerência e prudência, em dias de tensas polarizações, está longe do querer de muitos, que não medem as consequências especialmente de determinadas falas.
Deu pra entender? É possível que não! Mas, vamos facilitar: hoje, 25 de setembro, não tem aula na Escola Municipal Castanheira. Na Estadual Maria Quitéria até que tem. Mas, como ontem, muitas salas devem estar quase vazias. A razão? Se com poucos motivos, muitos já encontram justificativa para não ir à Escola, imagina quando crescem os rumores de que alguém poderia entrar num espaço que existe para gerar vida, com o propósito de tirá-la. Tudo, porém, fruto de uma conversa que não existiu, pelo menos nesses termos. A "bobagem" era outra! Aumentaram um ponto, dois pontos...
Quem tem o cuidado de fazer uma leitura correta da realidade, pode se espantar - ao se utilizar de ferramentas de pesquisa - com a proliferação de boatos, em todo o país, sobre a possível invasão de escolas para a reprodução de cenas como em Suzano, interior de São Paulo. Como basta uma fagulha de prosa para incendiar uma floresta, conforme nos lembra o apóstolo Tiago, em conhecido texto bíblico, imagina muitas?
Se a Bíblia é referência para indicar nortes, resta-nos torcer para que apareçam, em vários cenários, pessoas com o dom da pacificação. Parafraseando Camões, pacificar é preciso! Que a comunidade entenda que alimentar paranoias incendeia, desnecessariamente, a cidade. Que especialmente os pais se unam num grande movimento de apoio a volta das aulas. Que os religiosos façam preces por este fim e pela aquietação das almas irrequietas que criam cenários de caos, utilizando-se especialmente das redes sociais. Que os formadores de opinião pensem mais do que duas vezes antes de emitirem pareceres. Que os educadores, já sofridos pela falta de respeito com a classe, tenham as forças renovadas por algo que só pode vir de cima (aqui embaixo tá difícil). Que perdoemos os agentes de quaisquer projetos de discórdia! Finalmente, que Deus tenha misericórdia de todos nós!