Moradores da Carolina Rezzieri pedem socorro!

Texto de Diego Cremonezi

A Av. Carolina Rezzieri é uma das vias de maior movimento de Castanheira. É a parte urbana de uma rodovia estadual conhecida como Estrada Fontanillas , que dá acesso à cidade aos moradores e produtores rurais das regiões do Trevo do Roque e Assentamento São Sebastião.  

Há um grande problema ao longo do seu percurso, que vai da Rua João Cruz até a BR 174: não existe asfalto e os mais de centena de veículos que transitam por ali todos os dias, jogam tanta poeira que há anos alguns moradores vivem à beira de um ataque de nervos. 

O Innovare News ouviu alguns deles. Só o editor do Innovare News, mais novo morador da região, Vivaldo S. Melo, resolveu se identificar. Todos afirmam que com as obras atualmente em curso, de alargamento da pista, o pó aumentou significativamente. “Aqui uma hora depois de limpar a casa, o pó já está de volta, em tudo”, destaca o morador que vamos identificar como “Sr. T”. 

Vivaldo, por seu turno, lembra que “com a pavimentação de diversas vias do entorno da Carolina, pelo menos os carros pequenos deveriam evitar de jogar pó sobre as casas”. Acreditando num trabalho de conscientização e na mobilização da classe política, sugere algumas medidas e cita um roteiro que chama “de solidariedade”, em respeito as donas de casas e anciãos, os que mais sofrem no dia a dia.

Uma moradora, identificada como “Sra. S” diz que “muitos carros passam em alta velocidade e muitos motoqueiros querem dar uma de Airton Senna”.  Outra, “Sra. Z”,  lembra que tem pessoas que moram no centro da cidade, tendo rotas com asfalto, mas que preferem ignorar que existem moradores sofrendo”, acrescentando que o motorista de uma empresa conhecida da cidade passa várias vezes, sempre em alta velocidade.

Neste sábado, 30, um fenômeno novo, típico de áreas desmatadas, começou a ser percebido num quarteirão recentemente limpo entre as Ruas Marcionílio Evangelista e N.S. Aparecida: os redemoinhos, que levam poeira para longas distâncias. "Já imagino como será isto aqui em agosto", observa Vivaldo, residente no local. 

Diante da realidade, além da busca de uma resposta de parte das autoridades, o Innovare News, através de seu editor, Vivaldo, indica alguns roteiros, registra algumas sugestões e outras questões apontadas pelos moradores.

Roteiro da Solidariedade 

Rota 1 – Rua João Cruz – Logo na entrada do perímetro urbano, a esquerda de quem vem da região do Trevo do Roque, tem a Rua João Cruz. Cem metros à sua direita, a Rua Antônio Martendal está asfaltada, dando acesso, pela João Bonna Sartori,  a principal Rua do Bairro Santa Rita, a Narciso Sparavieri. Daí para chegar ao centro é só seguir a Av. Nossa Senhora Aparecida e as muitas vias de acesso existentes, todas asfaltadas. Essa é a “Rota do Amor”, por salvar todos os moradores do perímetro urbano às margens da Carolina Rezzieri do pó constante, em tempos de estiagem.

Rota 2 – Rua Cassimiro Soares – Se, de repente, o motorista for tocado pela solidariedade só um pouco mais à frente da João Cruz, pode entrar na Cassimiro Soares, que dá acesso à Rua Narciso SParavieri e o restante do roteiro, conforme dica acima.

Rotas 3 e 4 – Se ao olhar pelo retrovisor, depois de muita terra sobre várias casas, a partir de propriedade do vereador Palito, o motorista “se tocar”, ainda pode salvar os moradores a partir da Rua Marcionilio Evangelista da Silva ou Nossa Senhora Aparecida, 100 metros à frente. Essas duas ruas estão asfaltadas, direcionando o motorista para o centro da cidade. 

Asfalto 

Fontes do governo municipal garantem que o trecho em questão está na agenda do projeto de pavimentação asfáltica do município.  “Estamos sensíveis a esse problema”, diz a prefeita Mabel de Fátima Milanezi Almici. Os moradores ouvidos pelo Innovare estão animados, lembrando que depois de tudo o que já se faz em termos de infraestrutura urbana na atual administração, ninguém duvida que a poeira na Carolina Rezieri esteja com os dias contados. 

Outras soluções

Quebra-molas? - Um morador da Marcionilio Evangelista diz que já tomaram a iniciativa, no passado, de fazer pelo menos um quebra-molas, que foi retirado, porque “prejudicava os caminhoneiros”, especialmente do transporte de gado. 

Na opinião de um especialista ouvido pelo Innovare, um quebra-mola em terra de chão não resolve o problema da poeira, se paralelamente não existir um trabalho de conscientização sobre velocidade, incluindo a colocação de placas.  “Basta uma freada, de um veículo em velocidade maior, para que haja um efeito ainda maior de propagação do pó”, argumenta. 

Aguar a Rua – Também parece ser uma solução imprópria, uma vez que o sol escaldante de Castanheira faz com que a malha viária seque rapidamente. Contudo, pelo menos em um horário estratégico isto poderia ser feito: no final da tarde. A noite o fluxo de veículo diminui. Além disto, a ação permitiria uma limpeza mais duradoura de cada residência, facilitando um ar mais puro aos moradores pelo menos neste período do dia.

Neste caso específico há um problema: o único veículo existente no município para fazer o serviço encontra-se na UTI. O governo municipal estaria adquirindo outro, faltando apenas o cumprimento de etapas burocráticas.