BR 174: Acidente em ponte mantém sinal de alerta sobre tragédias

A BR 174, no percurso Castanheira-Jurena, voltou a movimentar as redes sociais nos últimos dias, diante de mais um acidente em uma de suas pontes, no trecho Castanheira-Juruena, que foi parcialmente interditado. Em muitos desses acidentes, nem é preciso questionar sobre eventual excesso peso de cargas, especialmente de toras,  transportadas por dezenas de caminhões que, diariamente, são vistos transitando na região. As imagens falam por si. 

Com tantas histórias nos últimos anos, principalmente de promessas de pavimentação asfáltica e construção de pontes com estrutura de concreto, o assunto já reúne conteúdo para livro, filme ou outra forma de publicação. Quem sabe algum estudante se toque e o incorpore o tema a algum TCC, num trabalho que extrapole o mero cumprimento de obrigações docentes e contribua para a tomada de decisões.

Em sua página no facebook, o vereador Diogo Orben, de Juruena, refere-se a BR em questão como “a tal BR 174 e seus capítulos – assustadores!”. Do acidente mais recente, registrado em fotos que circulam em todo o país, muitos destacam o excesso de peso da carga, lamentam a perda e  falam da alegria de se saber que o motorista saiu ileso.  

Embora ressaltem a precariedade das pontes, alguns usuários das redes sociais tocam exatamente no excesso das cargas como algo a ser combatido. “Não há ponte que resista a tanto peso”, escreve Ana Rita Medeiros. “Até concordo, mas a ponte sobre o Rio Tucanã, na mesma BR, já deu problema após ser feita de concreto?”, questiona Marilto Natal da Silva.  

O “até quando?” indagado por muitos, evoca questões que já estão mais do que exploradas. Há quem culpe os políticos. Porém,  não faltam reuniões e deliberações nos últimos anos em torno do assunto. Os prefeitos da região noroeste, com intermediação do bispo Dom Neri, da Diocese de Juína, não cansam de bater nas portas dos órgãos competentes. Mas, entra ano e sai ano, “a incompetência se mantém”, como opina um usuário contumaz do trecho em questão. 

Enquanto pouco se faz e nada de concreto ganha forma – apenas promessas! – ressalte-se o risco que algumas pontes da 174 representam. Se ainda não ocorreu alguma tragédia maior, as menores podem ser um sinal de alerta. 

Vivaldo S. Melo