Um grupo de alunos de Bom Jesus do Araguaia, a 983 km de Cuiabá, tiveram um difícil momento neste domingo, 20. Eles seguiam de ônibus para Querência (MT) a fim de participar da segunda etapa da prova do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem), quando o veículo foi proibido de seguir, numa barreira dos protestos que voltaram a ocorrer nas rodovias federais.
Segundo os estudantes, os manifestantes estavam armados e colocam postes no meio da pista para ninguém passar. Depois de muita insistência, conseguirem convencer os manifestantes a permitirem que eles seguissem o trajeto de cinco quilômetros a pé.
Uma professora dos alunos disse que o sentimento é de indignação uma vez que eles se prepararam o ano todo para fazer a prova e quase não conseguiram. “Humilhados e injustiçados” foram os termos usados para definir o estado emocional. Detalhe: a temperatura estava muito alta. No geral, a avaliação é de que o ocorrido pode ter prejudicado o desempenho dos estudantes.
Embora a constituição federal não impeça a livre manifestação, seus termos são claros no sentido de que o direito de ir e vir de todo cidadão deve ser preservado. Outros direitos também da carta magna da nação muitas vezes têm sido violados em movimentos reivindicatórios. “Todos devem saber que a liberdade que se tem numa democracia não exclui a responsabilidade de seus agentes”, lembra um jurista, a propósito do momento que se vive no país.
