“Ninguém entra, ninguém sai”. O recado, numa das redes sociais, em relação a uma barreira na MT 170, em frente ao Cemitério Bom Jesus, em Castanheira, é um dos assuntos mais comentados no pós eleição no pequeno município do noroeste de Mato Grosso, de pouco mais de 8 mil habitantes.
A iniciativa, de setores locais ligados a candidatura do presidente Jair Bolsonaro, nas eleições deste domingo, 30, segue convocação nacional de setores ligados aos caminhoneiros. “Algumas das barreiras já foram desmobilizadas no final da manhã”, dizem autoridades do setor viário.
Para muitos castanheirenses, que fizeram contato com o Castanheira News, a medida é prejudicial a população. “Um direito elementar acolhido no artigo 5, XV, CF, que garante a liberdade de ir e vir está sendo ignorado, por conta de um enredo que já se desenhava”, destaca um especialista ouvido pelo Site, referindo-se a forma de protesto encontrado por um segmento dos eleitores do presidente Bolsonaro em relação ao resultado das eleições.
No local da mobilização castanheirense, entre os veículos parados um ônibus que transporta alunos da rede municipal é o exemplo de um setor prejudicado. Segundo informações, alguns alunos voltaram para casa. Outros seguiram em roteiros alternativos mais longos, por estradas vicinais.
No cenário nacional, as redes sociais continuam mantendo o padrão do período eleitoral, marcado por vários destaques históricos, um deles a proliferação dos chamados Fake News, instrumento dos tempos modernos que tem o poder de transformar mentiras em verdades, ao serem publicados centenas de vezes. Os dois lados utilizaram o método. Só o tempo poderá mostrar o índice de incidência em um ou outro.
Relatos
Embora o clima tenha sido pacífico ao longo da campanha em Castanheira, diversos relatos, em grupos internos, especialmente de WhatsApp, mostram que o “modus operandi” verificado em todo o país teria tido situações similares, entre eles a pressão a funcionários pelo voto em um ou outro candidato, da parte de empregadores.
Nesses grupos, há relatos de bandeiras queimadas, surtos com prejuízos a cidadãos, trocas de ofensas e até cerceamento de outro direito inalienável da democracia, o da livre manifestação. Como outra marca da campanha foi a criação de narrativas, só seus eventuais atores podem confirmar a veracidade ou não dos fatos comentados.
Prejuízos
Relatos
Embora o clima tenha sido pacífico ao longo da campanha em Castanheira, diversos relatos, em grupos internos, especialmente de WhatsApp, mostram que o “modus operandi” verificado em todo o país teria tido situações similares, entre eles a pressão a funcionários pelo voto em um ou outro candidato, da parte de empregadores.
Nesses grupos, há relatos de bandeiras queimadas, surtos com prejuízos a cidadãos, trocas de ofensas e até cerceamento de outro direito inalienável da democracia, o da livre manifestação. Como outra marca da campanha foi a criação de narrativas, só seus eventuais atores podem confirmar a veracidade ou não dos fatos comentados.
Prejuízos
Voltando ao movimento das barreiras, a opinião de momento é que ele não deve perdurar, afinal penaliza todas as pessoas, ligadas a todos os pensares e opção de escolhas. Existem relatos de cancelamento de consultas médicas e a preocupação com o amanhã já levou centenas de castanheirenses a buscarem, na manhã desta segunda-feira, 31, bens de consumo essenciais, especialmente gás de cozinha. Uma das distribuidoras já registra recorde de vendas.
Em outra ponta, alguns mentores do movimento defendem a permanência do bloqueio, dizendo que só cedem se algo for feito. Citam alternativas. Uma delas, a intervenção das forças armadas.
Em outra ponta, alguns mentores do movimento defendem a permanência do bloqueio, dizendo que só cedem se algo for feito. Citam alternativas. Uma delas, a intervenção das forças armadas.
Onde as decisões maiores acontecem, contudo, muitos já reconheceram o resultado do pleito eleitoral como legítimo, até porque foram eleitos nas últimas décadas por ele. Os presidentes da Câmara e Senado, Arthur Lira e Rodrigo Pacheco, por exemplo, já o fizeram. Além país, dos dez chefes das nações mais poderosas do mundo, nove já reconheceram a vitória do ex presidente Luiz Inácio Lula da Silva e já fizeram o tradicional contato de parabéns, parte do rito nas democracias.
Resultado Geral
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) concluiu a totalização de todos os votos do segundo turno das Eleições Gerais 2022 às 00h18 desta segunda-feira (31). Do total de 156.454.011 eleitores aptos a votar, 124.252.796 compareceram às urnas, número equivalente a 79,41%. Os votos válidos totalizaram 118.552.353. A abstenção alcançou 32.200.558, representando 20,59%. Os votos nulos foram 3.930.765, o que corresponde a 3,16% do total de votos. Já os votos em branco somaram 1.769.678 (1,43%). No total, foram apuradas 472.075 seções eleitorais, a última delas no Amazonas.
Presidência da República
Ainda na noite de domingo (30), foi definida matematicamente a disputa em segundo turno para presidente da República. Luiz Inácio Lula da Silva, da Coligação Brasil da Esperança, foi eleito pela maioria dos votos. Com a totalização da apuração de todas as seções, Lula obteve 60.345.999 votos (50,90% dos votos válidos) e Jair Bolsonaro (Coligação Pelo Bem do Brasil) recebeu 58.206.354 votos (49,10% dos votos válidos).
A diferença de pouco mais de 2 milhões de votos do 1º para o 2º lugar fazem do pleito o mais disputado da história. Outros destaques são o fato de Jair Bolsonaro ser o primeiro presidente a não ser reeleito no período de redemocratização. Os números fazem de Lula o presidente mais votado da história. Com isto ele bate o seu próprio recorde, pois na disputa contra Geraldo Alckmin, hoje seu vive, obteve 58.3 mil.