Gleice Rodrigues Cardoso
Psicóloga CRP 18-05505
A ansiedade tem sido uma queixa rotineira dos brasileiros e brasileiras. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil ocupa o topo do ranking na taxa de pessoas com o diagnóstico de ansiedade ou transtornos relacionados. Em relação ao dado da OMS, às pessoas tem buscado cada vez mais informações sobre a ansiedade em sites de buscas, como o Google. Uma pesquisa no Google Trends (2020) permite perceber que está em crescimento pesquisas no Google relacionadas com a palavra ansiedade, algumas delas são: “como ajudar alguém com crise de ansiedade”, “o que é crise de ansiedade” e “teste de ansiedade”.
O primeiro passo para o tratamento da doença está em compreendê-la. A ansiedade foi importante para a evolução da nossa espécie como um recurso fisiológico para lidar com as mais variadas situações de perigo. Com a vida moderna, teve alterações no estilo de vida, e consequentemente, mudanças nos desafios enfrentados para a sobrevivência humana.
A ansiedade vem acompanhada de muitos prejuízos. Sinônimo de incapacitação, ela tem sido um dos motivos que tem atrapalhado o desempenho no ambiente de trabalho, prejudica a aprendizagem e às relações com outras pessoas, pode levar ao abuso de bebidas alcoólicas e outras drogas, insônia, essa associada ao comportamento suicida e sem tratamento pode desenvolver outros transtornos mentais, como a depressão.
Para considerar a ansiedade como um transtorno mental é necessária uma avaliação com um profissional da área da saúde mental, ele levará em consideração o modo como ela prejudica a realização de atividades profissionais e pessoais, e o tempo de duração dos principais sinais e sintomas do transtorno.
Com o avanço das ciências e suas tecnologias, existe uma resposta positiva quando se questiona acerca do tratamento e da cura da ansiedade. O cenário afirmativo se encontra nos resultados de pesquisas científicas que indicam que o tratamento medicamentoso combinado com a psicoterapia traz resultados a curto e médio prazo. A ansiedade pode deixar de ser incapacitante com o tratamento adequado e iniciado de modo imediato.
REFERÊNCIAS:
CASTILLO, Ana Regina GL et al . Transtornos de ansiedade. Rev. Bras. Psiquiatr., São Paulo , v. 22, supl. 2, p. 20-23, DeZ. 2000 . Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-44462000000600006&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 18 set. 2020.
COSTA, Camilla Oleiro da et al . Prevalência de ansiedade e fatores associados em adultos. J. bras. psiquiatr., Rio de Janeiro , v. 68, n. 2, p. 92-100, June 2019 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0047-20852019000200092&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 18 set. 2020.
LEAHY, R. L. Livre de ansiedade. Porto Alegre: Artmed, 2011, 248 p.
UNIMED. Brasileiro é o povo mais ansioso do mundo diz OMS. Veja como controlar. 2019. Disponível em:<https://www.unimed.coop.br/web/cascavel/noticias-unimed/brasileiro-e-o-povo-mais-ansioso-do-mundo-diz-oms-veja-como-controlar>. Acesso em: 18 set. 2020.
TRENDS, G. Ansiedade. 2020. Disponível em: <https://trends.google.com.br/trends/explore?q=ansiedade&geo=BR>. Acesso em: 18 set. 2020.