Ansiedade: A minha inquietação tem nome e tratamento

RESUMO DA NOTÍCIA

Gleice Rodrigues Cardoso faz parte de um grupo de psicólogas de Juína que se uniram para atender as pessoas que estão sofrendo com os reflexos do coronavírus no dia a dia. No texto desta semana um assunto relevante, por se tratar de um problema crescente entre as pessoas.
Gleice Rodrigues Cardoso
Psicóloga CRP 18-05505
 
A ansiedade tem sido uma queixa rotineira dos brasileiros e brasileiras. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil ocupa o topo do ranking na taxa de pessoas com o diagnóstico de ansiedade ou transtornos relacionados. Em relação ao dado da OMS, às pessoas tem buscado cada vez mais informações sobre a ansiedade em sites de buscas, como o Google. Uma pesquisa no Google Trends (2020) permite perceber que está em crescimento pesquisas no Google relacionadas com a palavra ansiedade, algumas delas são: “como ajudar alguém com crise de ansiedade”, “o que é crise de ansiedade” e “teste de ansiedade”. 

O primeiro passo para o tratamento da doença está em compreendê-la. A ansiedade foi importante para a evolução da nossa espécie como um recurso fisiológico para lidar com as mais variadas situações de perigo. Com a vida moderna, teve alterações no estilo de vida, e consequentemente, mudanças nos desafios enfrentados para a sobrevivência humana. 

A ansiedade vem acompanhada de muitos prejuízos. Sinônimo de incapacitação, ela tem sido um dos motivos que tem atrapalhado o desempenho no ambiente de trabalho, prejudica a aprendizagem e às relações com outras pessoas, pode levar ao abuso de bebidas alcoólicas e outras drogas, insônia, essa associada ao comportamento suicida e sem tratamento pode desenvolver outros transtornos mentais, como a depressão.

Para considerar a ansiedade como um transtorno mental é necessária uma avaliação com um profissional da área da saúde mental, ele levará em consideração o modo como ela prejudica a realização de atividades profissionais e pessoais, e o tempo de duração dos principais sinais e sintomas do transtorno.

Com o avanço das ciências e suas tecnologias, existe uma resposta positiva quando se questiona acerca do tratamento e da cura da ansiedade. O cenário afirmativo se encontra nos resultados de pesquisas científicas que indicam que o tratamento medicamentoso combinado com a psicoterapia traz resultados a curto e médio prazo. A ansiedade pode deixar de ser incapacitante com o tratamento adequado e iniciado de modo imediato.
 
REFERÊNCIAS:
CASTILLO, Ana Regina GL et al . Transtornos de ansiedade. Rev. Bras. Psiquiatr.,  São Paulo ,  v. 22, supl. 2, p. 20-23,  DeZ.  2000 . Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-44462000000600006&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 18 set. 2020.
 
COSTA, Camilla Oleiro da et al . Prevalência de ansiedade e fatores associados em adultos. J. bras. psiquiatr.,  Rio de Janeiro ,  v. 68, n. 2, p. 92-100,  June  2019 .   Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0047-20852019000200092&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 18 set. 2020.
 
LEAHY, R. L. Livre de ansiedade. Porto Alegre: Artmed, 2011, 248 p.
 
UNIMED. Brasileiro é o povo mais ansioso do mundo diz OMS. Veja como controlar. 2019. Disponível em:<https://www.unimed.coop.br/web/cascavel/noticias-unimed/brasileiro-e-o-povo-mais-ansioso-do-mundo-diz-oms-veja-como-controlar>. Acesso em: 18 set. 2020.
 
TRENDS, G. Ansiedade. 2020. Disponível em: <https://trends.google.com.br/trends/explore?q=ansiedade&geo=BR>. Acesso em: 18 set. 2020.