As pessoas interessadas em investir em energia solar devem estar de olho numa data: 7 de novembro. Neste dia, em Brasília, acontece audiência pública da Aneel, Agência Nacional de Energia Elétrica, para discussão de uma resolução que pode ser um balde de água fria na tendência que vem crescendo no país.
Proposta está sendo cogitada pelo órgão para taxar em 63% os créditos da energia gerada e injetada na rede por consumidores. A medida, frustra todos os que investem ou pretendem investir em placas fotovoltaicas. “Isto vai na contramão do mundo e contra o conceito de sustentabilidade”, destaca um especialista.
Foram apresentadas pela Aneel em consulta pública inicial, cinco propostas que variam de 28% a 63% de cobrança de tarifas e taxas diversas, o que pode resultar no fim da atração do consumidor sobre a compensação de energia que o modelo hoje trás.
No contexto da discussão, muitos lembram que a medida é embasada em interesses políticos e não técnicos. “Existe um lobby muito grande em inviabilizar o uso da energia solar, para que os consumidores de energia continuem presos às concessionárias, não tendo a liberdade de gerar sua própria energia”, diz o CEO de uma empresa pioneira em energia solar no Brasil.
Em audiência pública ocorrida em 15 de outubro a Aneel foi clara ao em dizer abertamente que defende “seus interesses e não aceita pressão popular ou política”. Caso a resolução seja efetivamente publicada, entrará em vigor em janeiro de 2020.