Amigos e familiares de Maria de Fátima Mendes Lima, 64, darão às 17 horas desta sexta feira, 06, na Casa da Saudade, em Castanheira, as despedidas finais que marcam o fim de sua história na realidade do aqui e do agora. Com problemas de saúde, ela veio a óbito na quinta, em Cuiabá.
Conhecida pelos mais próximos por “Fia”, Maria viveu seus dias em quatro cenários principais: São Paulo, onde nasceu, Paraná, especialmente Cianorte, de onde, sob o comando dos pais, Adão Mendes e Geni, deslocaram-se para Mato Grosso, fixando-se em Castanheira, no final dos anos 70 do século passado, e, por último, Campo Novo, desde 2011, para onde os filhos, Márcio, o Batata, Márcia e Keila Patrícia se mudaram, depois de décadas.
De todos esses lugares, porém, Castanheira foi o capítulo mais marcante. Por várias razões, como contam os filhos, sendo uma delas, a luta pela formação dos mesmos. Obviamente as Escolas Castanheira e Maria Quitéria entram nessa parte da história. A fé também teve papel importante, nos tempos da Igreja Nossa Senhora Guadalupe, da qual foram pioneiros. Finalmente, a força do trabalho, pois ajudou o pai, Adão Mendes, na plantação de café.
De uma família de 14 irmãos, distinguiu-se pela seriedade na criação dos filhos, com base no modelo cristão de orientação católica. “Com ela, aprendemos, entre outras coisas, o valor da honestidade”, diz Márcia, que com o irmão Márcio, chegou pequena a Castanheira, nos primórdios da cidade. “Para chegar aqui era na picada”, lembra Márcio, destacando, ao lado da irmã caçula Keila Patrícia, nascida em Castanheira, a determinação da mãe em fixar-se na terra, fazendo parte dos pioneiros da região.