Falta de água em Castanheira: mais do que um problema do sistema

RESUMO DA NOTÍCIA

Problema em válvula do sistema de abastecimento de água de Castanheira gera falta de água na cidade. Mas, este não é o único fator. Ao cidadão cabe ter consciência de uma realidade maior.
Um problema na engrenagem do sistema de abastecimento de água de Castanheira na última segunda-feira, dia 07, que voltou a se repetir nesta quinta, 10, está gerando falta de água tratada em Castanheira, especialmente nas regiões mais altas da cidade, como o Bairro Guadalupe. 

A peça danificada deve ser concertada ainda hoje e recolocada nas próximas horas, segundo fontes do DAE. A normalidade do sistema, contudo, tem sido dificultada por uma soma de fatores. 

Em diversos municípios do país, como Cuiabá e Varzea Grande, em Mato Grosso,  o setor de abastecimento está em crise, como resultado de um problema maior: os rios e córregos estão secando. 

No próprio Rio 7, que abastece a cidade de Castanheira, a balsa utilizada pelo DAE está em cima da areia. Em algumas fazendas do município os córregos estão secando. “Hoje mesmo em minha propriedade o gado teve que ser todo misturado, para beber água de uma única fonte, e mesmo assim com limites”, destaca um pecuarista.  

Segundo uma fonte do governo municipal, vinculada ao setor de água, a peça do sistema em concerto no município tem a função de um filtro. A presença de areia impede o funcionamento, gerando travamento.

Guadalupe

O Bairro mais atingido com a falta de água em Castanheira, ao longo dos anos, tem sido o Guadalupe. “Falta pressão para a água subir”, observa a mesma fonte. A boa notícia é que estudos já estão sendo feitos para a implantação de um reservatório específico para atender aquela parte da cidade. 

Conscientização

Diante dos dias secos, em que o problema de abastecimento ganha dimensões continentais, a orientação das autoridades se resume a uma palavra: conscientização. Em Castanheira, muitos moradores da parte baixa da cidade têm utilizado o líquido precioso - e em falta -  para atividades não essenciais, como lavar carros e calçadas. “É preciso que todos saibam que o problema é grave, e não se limita apenas a um fator e por isto é preciso economizar água”, conclui.

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