Reza uma lenda que quando alguém que ama muito a vida, sendo muito amado, morre, chove. De forma emblemática, as gotas lembram as lágrimas dos que lamentam as perdas.
Talvez isto explique as muitas chuvas das últimas semanas em Castanheira, com tantas mortes, especialmente a de grande intensidade desta segunda-feira, 06, quando faleceu, de forma inesperada, às 04 da manhã, no Pronto Atendimento da cidade, Welliton Araújo.
O “Bocado da Rosa”, como era conhecido em círculos mais íntimos, filho de Jandir Bocado da Rosa e Claudinéia Braga de Araújo, tinha apenas 26 anos – nasceu em Castanheira no dia 09 de janeiro de 1997 – mas não conseguiu resistir a um ataque cardíaco fulminante.
Na medida em que amigos e familiares eram acordados, impactados com a notícia, alguns começaram a se manifestar, em registros que se seguiram pela manhã, nas redes sociais.
“Você se foi, levando um pedacinho de cada um de nós – amigos e familiares -, a dor é imensa!”, escreveu Thaynara Tay, dimensionando um sentimento coletivo: “a saudade vai ser grande”.
Cristiane Wendler tinha Welliton como um segundo filho. Em contato com o Castanheira News fez questão de frisar que era um filho que seu coração adotou. “Sempre lembrarei do seu sorriso, te amarei por toda a minha vida”, disse, observando que o jovem namorou sua filha por quase 04 anos.
Entre os mais sentidos, o primo Juliano Araújo, o Japonês, destaca seu lado extrovertido. “Onde passava, irradiava alegria, por isto sua morte significa uma perda muito grande para nossa família”, observa.
Welliton, que tinha como referencia maior de morada o Sitio do Tio Hércules, no 1º Assentamento, no Vale do Seringal e trabalhou em diversos lugares da região – na construção civil, no Lacticínios Casterleite, entre outros, em Castanheira e Juruena – deve ser velado a partir da tarde, na Casa da Saudade e o horário do sepultamento ainda não foi definido, pois a família espera pela chegada de alguns familiares.
Se a morte de cada um que amamos nos diminui, porque somos humanos, conforme expressão de John Donne, oportuno relembrar Thaynara, que assertivamente indica outra razão: ela leva um pedacinho de cada um.