Castanheira: Nas cores da Saúde, o roxo não é esquecido

RESUMO DA NOTÍCIA

O janeiro roxo nem sempre é tão lembrado quanto o janeiro branco. Mas, é preciso equivalência nos olhares.
No contexto das campanhas voltadas à prevenção de doenças, com o uso de cores, muitos lembram que o primeiro mês do ano se dedica a alertar sobre a saúde mental. É o janeiro branco, quando não faltam textos, vídeos e outros meios de informação,  destacando a importância de cuidarmos não só da parte física, mas também do emocional, para maior equilíbrio e bem-estar.

Mas, em janeiro, talvez por ser uma situação negligenciada, alvo de desatenção, desconsideração, descaso, indiferença e menosprezo, muitos se esquecem da hanseníase. Sim, janeiro também é roxo. Escolhendo um dos termos anteriores, o descaso, até por isto o Ministério da Saúde e a Sociedade Brasileira de Dermatologia, SBD, setores de Saúde dos Estados e Municípios têm trabalhado arduamente para conscientizar as pessoas sobre essa doença. 

Segundo dados, cerca de 30 mil novos casos da doença são detectados, todos os anos no Brasil. “Este dado é preocupante e impõe a necessidade enfrentamento, aperfeiçoamento e implementação plena de políticas públicas”, lembra um especialista. 
 
Em Castanheira, como em todo Estado de Mato Grosso – que apresenta o maior índice da hanseníase no Centro Oeste – o enfrentamento tem sido uma prioridade. Diversas ações são realizadas no município pela Secretaria Municipal de Saúde, incluindo a busca ativa permanente de pacientes, prevenção das pessoas que mantém contato com os doentes, palestras e capacitação de equipe, entre outras. 
 
Nesta mesma linha de ação, quando houve necessidade de recompor a equipe médica que hoje atua no município, o prefeito Jakson de Oliveira Rios Júnior conseguiu trazer para seus quadros o Dr. Adelmo Figerno da Silva, que já tinha atuado no setor, mas buscou especialização exatamente na área, sendo uma das referências no tratamento da hanseníase no Estado. 

Por entender que é preciso fortalecer consciência sobre a doença especialmente entre os formadores de opinião, um segmento alvo das palestras agendadas pelo setor tem sido os profissionais da educação. 

A Secretária Ana Paula Vargens lembra que a hanseníase é uma doença crônica, que requer cuidados especiais. Observa que é preciso que as pessoas estejam atentas a sintomas como a alteração, diminuição ou perda da sensibilidade térmica, dolorosa, tátil e força muscular, principalmente em braços, pés pernas e olhos. Estudos lembram que isto pode gerar incapacidades permanentes.