Quando nos esquecemos de Deus

RESUMO DA NOTÍCIA

Programa radiofônico feito em Castanheira e gerado a partir da Casa das Missões, da IPCB, em São Paulo, reflete sobre tema oportuníssimo.
Em vários momentos da história bíblica, seu povo ou personagens, em situações distintas, se esqueceram de quem Deus de fato era e é. E isto foi trágico, porque, como disse um teólogo, a fé cristã se sustenta nas memórias. O Velho Testamento, por exemplo, é um livro de memórias. O Novo começa com os evangelhos e Atos, que são narrativas dos atos de Deus e suas maravilhas. Finalmente, Cristo instituiu a Ceia para que os cristãos se lembrem de sua história e ensinos. “Em memória de mim”, disse Ele, por ocasião da última Ceia.

A propósito desta verdade, o programa “Nas Trilhas da Fé”, reproduzido de segunda a sexta, às 12h30, horário de Brasília, na Rádio Missões IPCB, destacou o tema acima, na edição desta segunda feira, 20, se valendo de um episódio em que, logo após a multiplicação dos pães, narrada em Marcos, no capítulo 8, os discípulos, depois de esquecerem o pão, já no barco, interpretaram equivocadamente uma palavra do mestre, e tiveram medo, achando que se tratava de uma repreensão porque Ele, Jesus, estaria com fome. Perceberam que coisa incrível? Jesus acabara de realizar um grande milagre. Pouco tempo depois seus seguidores mais diretos se esqueceram do poder que Ele tinha para resolver qualquer situação.

O programa, gerado a partir de Castanheira e transmitido direto da Casa das Missões da Igreja Presbiteriana Conservadora, em São Paulo, capital, destaca alguns perigos de nos esquecermos de Deus e de seu poder em Cristo, em situações adversas. O primeiro é que corremos o risco de ficarmos assustados. Ao contrário, quando nos lembramos de quem Ele é, referenciados por suas ações no passado, encontramos coragem para enfrentar o presente. Outro perigo é que, sem o uso da memória, fica difícil compreender a dinâmica do agir de Deus. Talvez por isto, Paulo, quando orou pelos Efésios, na conhecida carta bíblica, rogou para que Deus concedesse a eles espírito de sabedoria, iluminando os olhos do coração (Efésios 1.15) Não usar a memória, também, endurece o coração. 

Inversamente, quando em situações de pânico, medo ou outra adversa qualquer, nos lembramos de quem Deus é, e trazemos a memória os seus feitos, como fez o profeta Jeremias diante de uma Jerusalém devastada, nos tornamos seguros. Um exemplo oportuno é o de Davi, quando enfrentou Golias. Ele se encontrava em grande desvantagem, mas trouxe à memória suas experiências com Deus no passado. “O Senhor me livrou das garras do leão e do urso. Ele me livrará das mãos dos filisteus” (I Samuel 17.37). Sua memória da caminhada com Deus lhe deu segurança e coragem. Que possamos, nas horas difíceis, trazer à memória as referências que sabemos de quem é nosso Deus e o que Ele, em Cristo, já fez. 

Rev. Vivaldo S. Melo

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