Março começa com novidade no atendimento da Saúde em Castanheira

RESUMO DA NOTÍCIA

Pronto Atendimento da cidade passa a adotar, a partir deste mês, o Protocolo de Manchester. Saiba o que é.
O mês de março começa com uma novidade no setor de saúde em Castanheira. O Pronto Atendimento, maior referência de atendimento à população, situado na Av. Castanheira, à margem a MT 170, vai começar a adotar o Protocolo de Manchester, principal sistema de triagem utilizado pelas unidades de saúde e que se tornou indispensáveis para os profissionais da área ao longo dos anos.

Em municípios menores é comum a adoção de uma prática não recomendável, que é do “jeitinho brasileiro”, na hora do atendimento, fortalecendo uma ideia que não é correta, ou seja, a de que o atendimento de pacientes que chegam a uma unidade de saúde se dá pela ordem de chegada. 

“O correto é que o atendimento seja feito por classificação de risco”, lembra o enfermeiro Leandro Tenório, responsável pelas atividades gerenciadas pelo Pronto Atendimento.

O Protocolo de Manchester é um método de triagem desenvolvido com o objetivo de classificar a prioridade de atendimento dos pacientes. Ao chegar na unidade de saúde, os pacientes passam por esse processo, que identifica o nível de gravidade em cada caso. 

Leandro lembra que a conferência de um resultado de exame, por exemplo, insere-se no conceito de um caso que não é urgente. Um caso de dor de garganta, envolvendo febre, é moderado. Crianças com diarreia podem requerer urgência. E existem os casos de emergência, que precisam, de pronto atendimento. Uma avaliação, feita na hora, define o nível de gravidade de cada caso. 

Profissionais das unidades de saúde de Castanheira destacam que depois da Covid a demanda de atendimento aumentou bastante, tanto de consultas de urgência como eletivas, inclusive e principalmente à noite. A adoção deste sistema de classificação vai facilitar a atuação das equipes que se revezam, no caso do Pronto Atendimento, 24 horas por dia. 

História

O Protocolo foi criado entre 1994 e 1995, sendo aplicado pela primeira vez em 1997 na cidade de Manchester, na Inglaterra – como você deve ter imaginado, o nome do método surgiu daí. A eficiência do processo de triagem não demorou a ser notada pelos profissionais e pelas instituições, se espalhando rapidamente por todo o Reino Unido e depois para o mundo inteiro.

Por determinar escalas de urgência, a classificação ajuda a filtrar os casos mais graves, trazendo agilidade, padronização e organização para o serviço.  Hoje, o protocolo é um sistema global, que facilita diariamente o atendimento nas unidades de saúde. 

No Brasil, o sistema de triagem de Manchester só foi aplicado pela primeira vez em 2008, no estado de Minas Gerais. A princípio, o método foi trazido com a finalidade de reduzir as filas em hospitais e buscar uma ação mais efetiva para o atendimento de pacientes que chegavam às unidades com quadros mais graves. Na prática, o Protocolo vai além da organização da fila de atendimento e contribui para melhorar a administração da instituição como um todo.

Por isso, tornou- se tão importante em inúmeros países ao redor do mundo e até hoje segue como um padrão de triagem altamente eficiente nos hospitais.

Significados das cores 

O Protocolo de Manchester tem como base a classificação por cores, que definem o nível de prioridade de atendimento de acordo com a gravidade dos casos. As  cinco cores, com o que cada uma delas significa no processo de triagem, assim como as regras definidas para as categorias de classificação, são as seguintes:

Vermelho

O vermelho indica casos com nível máximo de urgência, destinado aos pacientes com quadros clínicos gravíssimos e risco de morte. 

Laranja

A cor laranja representa quadros graves, mas com um nível de urgência menor do que aqueles indicados pela cor vermelha. 

Amarelo

Os quadros clínicos classificados pela cor amarela apresentam gravidade moderada.

Apesar de demandarem uma avaliação detalhada, esses pacientes têm condições de aguardar o atendimento por mais tempo que os anteriores. 

Verde

A cor verde é responsável por indicar os casos de menor gravidade, que não exigem um atendimento urgente e podem esperar por um tempo maior. 

Se necessário, é possível até fazer o encaminhamento desses pacientes para outras unidades, com o objetivo de evitar a superlotação.

Azul

O azul indica casos de atendimentos mais simples, que podem aguardar ou até mesmo serem encaminhados para outra unidade de saúde.

Aqui, se encaixam as condições clínicas que não apresentam risco para a saúde ou para a vida do paciente.

Estes casos aceitam até quatro horas de espera para atendimento, segundo previsto no método de triagem de Manchester.

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