Vivaldo S. Melo
Sei que que os famosos pagam um preço. Em vida e na morte. Hoje, com milhões de influenciadores sociais, desde o Zé Mané que fala/escreve pelos cotovelos aos loucos letrados, quando alguém morre bastam minutos para que uma tonelada de textos apareça nas redes sociais. Se politicamente o morto se alinha com a direita ou esquerda, a densidade é maior. Os adeptos desses lados se digladiam de forma exaustiva e estúpida. Neste cenário, Maradona é a bola da vez desde ontem.
Paralelamente aos textos que elogiam sua genialidade com a bola nos pés, textos aos milhares o detonam. Alguns são hilários, para não dizer trágicos, como um que define o craque como arrogante por conta de uma ou outra resposta que deu, num universo onde outras são lembradas pelo carinho e gentileza. Do pó que cheirou, dos livros que leu, dos charutos que fumou, etc., fervilham posts. E vão aparecer aqueles falando que, pelo seu jeito de dormir, comer, opções de voto, etc. ele era isto ou aquilo. Meu Deus! Que chatice!
Sei que que os famosos pagam um preço. Em vida e na morte. Hoje, com milhões de influenciadores sociais, desde o Zé Mané que fala/escreve pelos cotovelos aos loucos letrados, quando alguém morre bastam minutos para que uma tonelada de textos apareça nas redes sociais. Se politicamente o morto se alinha com a direita ou esquerda, a densidade é maior. Os adeptos desses lados se digladiam de forma exaustiva e estúpida. Neste cenário, Maradona é a bola da vez desde ontem.
Paralelamente aos textos que elogiam sua genialidade com a bola nos pés, textos aos milhares o detonam. Alguns são hilários, para não dizer trágicos, como um que define o craque como arrogante por conta de uma ou outra resposta que deu, num universo onde outras são lembradas pelo carinho e gentileza. Do pó que cheirou, dos livros que leu, dos charutos que fumou, etc., fervilham posts. E vão aparecer aqueles falando que, pelo seu jeito de dormir, comer, opções de voto, etc. ele era isto ou aquilo. Meu Deus! Que chatice!
Opinando como cristão e respeitando os outros pensares, não me espanto com tanta falta de amor e piedade, quando os autores textuais são pessoas que não leem as Escrituras. Mas, difícil é ver cristãos confessos, que se dizem apaixonados, alguns líderes de rebanho, usando espaços que poderiam usar para outras coisas, produzindo fartamente textos - incluindo agora o tema "Maradona" -, onde assumem o papel de juízes dos processos históricos. Publicar alguns, a gente até entende, mas pelo menos nos meus espaços tem aqueles que escrevem tanto, isto quando não reproduzem (inclusive fakes), que passam a impressão de que não tem outra coisa a fazer. Penso que Jesus, hoje, diria “quem não tem pecado, que escreva uma primeira palavra”.
Acho que a crítica tem seu momento certo e deve ser feita pelas vias certas. E mesmo assim precisa obedecer a regras mínimas de amor ao próximo, para nossa própria sanidade. Hoje, quando milhões de argentinos e outros admiradores do bom futebol reverenciam Maradona como jogador de futebol, não deveríamos usar os dedos para ir além disto. Depois, quando o tempo passar, é possível escrever sobre lições de vida que podemos tirar da história de Maradona, inclusive a partir de seus erros, mas nunca deixando de vê-lo como alguém futebolisticamente diferenciado. Como amo a Bíblia, penso em Salomão dizendo que há tempo para tudo debaixo do sol.
No tempo que se chama hoje deveríamos evitar tribunais humanos para julgarmos o astro do futebol. Além do futebol, o momento deveria ser de silêncio. Dieguito deve ser amado por familiares e amigos, como amamos os nossos, muitos dos quais inseridos em realidades que podem motivar os mesmos julgamentos. E deve ser triste, numa pesquisa posterior, sobre o tempo de sua morte, encontrarem tais registros. E, afinal, quem somos nós para julgarmos alguém, considerando-se como evangelho nos define? Se acharmos que temos algum mérito, que possa fazer com que olhemos para o próximo e o desmereçamos, isto não se deve a nada que haja em nós. Não é assim? Então vamos baixar a bola e deixar para hoje apenas a bola de Maradona e lembrar das alegrias que ele deu, no campo.
No tempo que se chama hoje deveríamos evitar tribunais humanos para julgarmos o astro do futebol. Além do futebol, o momento deveria ser de silêncio. Dieguito deve ser amado por familiares e amigos, como amamos os nossos, muitos dos quais inseridos em realidades que podem motivar os mesmos julgamentos. E deve ser triste, numa pesquisa posterior, sobre o tempo de sua morte, encontrarem tais registros. E, afinal, quem somos nós para julgarmos alguém, considerando-se como evangelho nos define? Se acharmos que temos algum mérito, que possa fazer com que olhemos para o próximo e o desmereçamos, isto não se deve a nada que haja em nós. Não é assim? Então vamos baixar a bola e deixar para hoje apenas a bola de Maradona e lembrar das alegrias que ele deu, no campo.