Arroz em Castanheira: o marco de um ciclo

RESUMO DA NOTÍCIA

A produção de arroz em Castanheira teve seu “boom” entre as administrações de Zilda Stangherlin e Dr. Jorge Arcos, que disponibilizavam um veículo, semanalmente, para transporte da produção da região dos Assentamentos. Em dezembro de 2016 a Revista Innovare News publicou um texto sob o título "Máquina de arroz: o marco de um ciclo", contando um pouco da história deste ciclo.
Na Av. Castanheira nº 07, existe uma das referências mais antigas de um produto que já esteve na base da economia do município em tempos passados, o arroz. Trata-se do prédio de uma máquina de beneficiamento, com equipamento das primeiras séries produzidas pela Indústria Zaccaria, de Limeira, São Paulo, fundada em 11 de agosto de 1925 e líder até hoje em equipamentos para beneficiamento de arroz, feijão, milho e outros cereais. 

A Beneficiadora Castanheira sobreviveu aos avanços dos tempos, lembrando um período em que seis empresas do ramo atuavam no município e quase não conseguiam atender a demanda. Foi implantada no pacote de empreendimentos dos Irmãos Leitner, que incluía também Mercado, Olaria e Distribuidora.

Por lá é onde ainda pode ser encontrado até hoje um dos mais antigos funcionários dos Irmãos Leitner, o ex-vereador Aloisio Vidal, conhecido, por isto, como o Aloisio da Máquina. A empresa do seu ex-patrão, Lourenço Leitner, foi seu primeiro ponto de emprego quando deixou o sitio, na linha vicinal 01, em 1986. “Éramos sete irmãos, eu tinha 22 anos na época, então resolvi vir para a cidade em busca de trabalho. As máquinas eram abarrotadas de arroz. Além da que abriu as portas ao meu primeiro emprego, outra que tinha grande produção era a do “Seo” Tirso Gil Polo”, lembra Aloisio.

Segundo ele, a lavoura branca dividia o mercado de trabalho com o garimpo. “Até produtores do Açari, perto da Barra, faziam beneficiamento de arroz em Castanheira”, observa.

Hoje algumas pessoas ainda produzem arroz na região, mas numa escala muito menor, possibilitando o lucro para mera sobrevivência daqueles que mantém equipamentos para atender apenas esta demanda. O boom do negócio se deu entre as administrações de Zilda Stangherlin e Dr. Jorge Arcos, que disponibilizam um veículo, semanalmente, para transporte da produção da região dos Assentamentos. 

Entre os produtores, Aloisio destaca o Sr. Jaime Bruno e o Angola. Cita como um dos fatores do declínio, além da opção pela pecuária de muitos produtores, a falta de incentivo dos gestores públicos que, ao seu ver, deveriam estimular as associações nas regiões de assentamentos e u ma maneira mais competitiva de encaixe da produção. 

Com 30 anos no ramo, filho de Guaiçara, no Paraná, Aloisio, que deslocou-se para a região ainda menino como parte de uma caravana de dois núcleos familiares – os Dias e os Grizantis – se diz feliz em fazer parte desta história. Se pudesse voltar no tempo, não hesitaria em trabalhar numa Máquina de Arroz, preferencialmente no mesmo lugar.

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