Tragédia das chuvas: Águas ilustram morte e ganância

RESUMO DA NOTÍCIA

Enquanto as chuvas torrenciais dos últimos dias atingem milhares de vítimas, aproveitadores comprovam que vivemos realmente nos últimos tempos.
Editoria do Castanheira News

Se em cenários de tragédia, de um lado temos muitos relatos de solidariedade, de outro temos alguns que custamos a acreditar na veracidade, pelo elevado grau de desamor. 

No entorno dos alagamentos e deslizamentos de terras na região de São Sebastião, no litoral paulista, enquanto integrantes de uma força tarefa, formada inclusive por civis voluntários, se movem, laboriosamente, tirando lama dentro de casas, buscando corpos de vítimas e desaparecidos, alguns aproveitadores, sem o mínimo de senso humanitário, movidos pela ganância, vendem água a preços inacreditáveis. Alguns chegando a cobrar R$ 93 por um litro.

As imagens de um repórter de televisão chorando, diante da triste constatação, é um exemplo claro de que as profecias bíblicas dos fins dos tempos – iniciados lá nos tempos de Cristo, mas com sinais progressivos – realmente estão se cumprindo. O apóstolo Paulo, ao dimensionar esse tempo, entre outras coisas, registrou, numa de suas Epístolas bíblicas, que o amor haveria de esfriar cada vez mais entre os homens. 

As chuvas históricas que atingiram cidades do litoral paulista desde o último sábado, 18, deixando até o momento 44 mortos, 43 deles exatamente em São Sebastião e dezenas de desaparecidos, lançam luz sobre um problema crônico observável em muitas cidades brasileiras: a ocupação desordenada de áreas, sem observar as clássicas e irrevogáveis leis da natureza.

Essa tragédia, por acontecer em período de carnaval, mostra também que as pessoas – com todo respeito aos que gostam da festa de Momo – estão cada vez mais insensíveis. Milhões de brasileiros ainda pulam em ruas e avenidas urbanas, como se nada estivesse acontecendo. 

Voltando a questão da água e quem sabe outros produtos vendidos a preços exorbitantes espera-se, no mínimo, que os aproveitadores de plantão – que sempre esperam a hora para mostrar suas garras – sejam denunciados e exemplarmente punidos. Pelo menos isto!