Juína e Barra: O perigo angustiante das facções

RESUMO DA NOTÍCIA

Rumores falam em toque de recolher em Barra e recrudescimento da guerra entre facções em Juína.
Com o avanço da violência nas cidades, devido, principalmente, a proliferação das facções país afora, destacando-se duas mais violentas, Primeiro Comando da Caital (PCC) e CV (Comando Vermelho), pelo menos em duas cidades de Mato Grosso a preocupação tem aumentado no seio da população: em Barra do Bugres e Juína.

Em Barra, onde 7 criminosos já foram mortos neste início de ano e a guerra entre eles produziu vítimas inocentes, como uma menina de apenas 3 anos, no último dia 19, até toque de recolher estaria sendo observado pela população. Em Juína, com o duplo homicídio da última sexta-feira, 24, que vitimou os jovens João Victor Marques Galdino e Willian Almeida da Silva, seis execuções neste início de ano teriam vínculo com este cenário.

Rumores na cidade polo da região noroeste, dão conta que as facções locais, vinculadas a varias ilicitudes, uma delas o tráfico de drogas, estão em estado de guerra, projetando-se muitas mortes nos próximos meses. “O triste é sabermos que grande parte dos envolvidos é constituída de jovens, muitos dos quais oriundos de famílias de bem, que em algum momento cederam às tentações do tráfico”, diz um policial ouvido pelo Castanheira News.

O PCC e o CV

O Primeiro Comando da Capital, com ramificações, hoje, em todo o Brasil e vários países da América Latina, surgiu em 31 de agosto de 1993, ironicamente no Centro de Reabilitação da Penitenciária de Taubaté, a 130 quilômetros da capital paulista. Segundo estudos, é hoje a maior organização criminosa do Brasil.

Na luta pelo poder e especialmente o controle do narcotráfico do país, o PCC tem como maior facção rival o Comando Vermelho, o CV, criado no Instituto Penal Cândido Mendes, na Ilha Grande, em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, em 1979, oriundo da Falange Vermelha.

Todo cuidado é...

Leitores castanheirenses deste Site lembram, a propósito do grande deslocamento de moradores locais à Juína, diariamente, que é importante se ter cuidado sobre “onde andar” e “com quem andar” por lá. Obviamente a observação é pertinente aos juinenses. 

Embora na maioria dos casos as vítimas sejam pessoas envolvidas em desavenças  e interesses pessoais, não é incomum que mortes ocorram entre inocentes, lembrando uma famosa observação da agenda policial: muitos morrem por estarem no lugar errado na hora errada. “Há sabedoria em definir o que seja lugar errado”, observa um desses leitores.