Hospedado na residência do jornalista e pastor Vivaldo S. Melo, o jovem professor de Educação Física em Dourados,MS, Filipe Nonato Marques, 26, esteve na última sexta feira, 12, em Cotriguaçu, para enfrentar um momento inusitado em sua vida.
Sua história foi contada no texto “Cotriguaçu: Jovem procura restos mortais do pai e tio”, no Juína News, relatando o drama de um núcleo da família “Marques”, com origens no interior paulista e vínculos em Mato Grosso do Sul.
Na segunda metade dos anos 90, quatro irmãos e suas famílias se deslocaram para o município, a 178 quilômetros de Castanheira, no caso deles percorrendo mais de 1800 quilômetros, compondo com um grupo de sul-matogrossenses que contribuíram, segundo a história, para impulsionar o novo município, numa segunda fase dos pioneiros.
A ideia inicial de Adinilson José Marques, pai de Filipe, que nasceria em Cotriguaçu, era trabalhar na agricultura. Atraídos, porém, pelo ciclo da madeira, resolveram investir no setor. O negócio foi viabilizado e impulsionado com a adesão de um sócio, que se tornou amigo da família.
A harmonia da casa onde residiam, na Rua Rubens Toneli, em frente ao lago, no centro de Cotriguaçu, referência de muitas confraternizações, foi quebrada no dia 22 de março de 1998, quando receberam a notícia de que Adinilson e um dos irmãos, o Ailton José Marques, foram mortos, depois de uma discussão, pelo sócio no negócio madeireiro, no hoje distrito de Nova Esperança.
O crime chocou a jovem comunidade, considerando que os envolvidos eram amigos, trabalhavam juntos e são vistos juntos em fotos de um álbum familiar de época.
Com Vivaldo e sua família, Filipe, que tinha apenas seis meses à época, esteve no Cemitério Municipal de Cotriguaçu, tentando, com ajuda de amigos de seu pai e tios, encontrar os dois túmulos. A busca, num primeiro momento, não deu resultados, pois não existe registro dos sepultamentos mais antigos e não existe nem vestígios de alguns.
A partir da reportagem do Juína News, contudo, a busca deve ser retomada, pois algumas referências apareceram. Uma delas de pessoas ligadas aquele que teria sido o primeiro coveiro no município. Nas manifestações em redes sociais a torcida é para que o local onde os dois foram sepultados seja encontrado e o jovem professor volte com boas notícias para seus familiares.
O traslado dos restos mortais dos irmãos Adinilson e Ailton, desde que confirmadas as informações, deve obedecer alguns critérios. Um deles, autorização judicial. Muitos estão empenhados em ajudar.
Com Juina News