Domingo, 23 de junho de 2024, 05h30 da manhã. Ao mesmo tempo em que alguns produtores ainda chegam aos quiosques, trazendo os produtos da terra, os primeiros consumidores já fazem ponto num dos espaços de Lanchonete, onde pastéis da hora já são fritos pelo casal José Maria e Euzilane. É a Feira do Produtor Rural de Castanheira, ganhando forma no cotidiano das pessoas.
Inaugurada há pouco mais de dois meses – no dia 17 de abril – o espaço, agora definitivo, tem uma história de várias décadas, em lugares transitórios, até firmar-se na Rua Erna Suilli Leitner, esquina com João Brasil, na região central da cidade. São 09 boxes, dois espaços de lanchonete, 02 banheiros adaptados, área de serviço, estacionamento para deficientes e obras complementares.
Embora muitos castanheirenses ainda não tenham visitado o local – e isto é importante para consolidação de um projeto que marca a vida de uma cidade - outros já começam a vê-lo, nos dias de atendimento, como um point habitual. É o caso do vereador Palito. “Aqui é muito bom, e vai se tornando aos poucos um lugar de encontro entre amigos”, observa, enquanto saboreia um pastel.
Entre os visitantes contumazes, Vani Oliveira, acompanhada da filha Tainara e Maria Luiza, usa a expressão “maravilha” para falar do local. “Venho toda quarta e domingo”, diz, referindo-se aos dias de feira, que incorpora, também, o sábado. João Paulo, maranhense de Caxias e trabalhando em Castanheira, elogia a iniciativa do governo municipal. “Estava precisando”. Da feira, destaca a organização e diz gostar demais.
O contentamento dos consumidores tem base no bom atendimento e no grupo que trabalha no local, com o perfil de uma grande família. Grinalda e Carmen, do Sítio Campina Verde, referência da agricultura familiar, avaliam os primeiros meses como positivos. “As pessoas estão aderindo”, dizem, da população. "Já era bom, e agora com a Feira nova, está melhor ainda”, destaca Grinalda.
Entre os felizes feirantes, José Galdino, Nilson Calauro Brito, Joãozinho da Silva e Dione Freitas, da Chacara Palmital, cada um de seu jeito, revelam alegria com os primeiros resultados. “Foi muito bom pra nós, precisava”, diz José Galdino. “As pessoas estão se acostumando”, observa Nilson. “Cada dia melhor”, destaca Joãozinho, representante dos produtores do Casulo. “Muito boa a nossa feira, melhorou bastante”, reforça Dione.
Todos, consumidores e produtores, lembram a importância do castanheirense prestigiar o espaço e, consequentemente, a agricultura familiar, que aos poucos ganha força entre os pilares da economia local. Em meio as boas perspectivas, inevitável não encontrar um ou outro com a velha prosa de que “Feira não dá certo em Castanheira”, afinal sempre existirão aqueles que tem dificuldades em enxergar coisas boas. No geral, contudo, a leitura que se faz é das melhores.