Nas páginas policiais dos maiores Sites do país o assunto em destaque é o bárbaro crime descoberto nesta segunda, 27, em Sorriso, onde um pedreiro, depois de entrar pela janela do banheiro de uma residência, ao lado da obra onde trabalhava, matou uma mulher, de 46 anos, e suas três filhas, sendo uma de 19 anos, estudante de agronomia e duas ainda crianças, de 13 e 10 anos, poupando de estupro apenas a mais nova.
Milhares de comentários, nas redes sociais, levantam alguns dos questionamentos mais inquietantes e presentes em toda literatura, um dos quais “por que coisas ruins acontecem com pessoas boas”. Cleci, a mãe, empresária, Miliane, Manuela e Melissa Calvi Cardoso, as filhas, eram evangélicas, da Congregação da Igreja Evangélica Assembleia de Deus do Bairro Vitória Régia.
Considerando que o assassino confesso já tinha cometido outros delitos graves, muitos, também, questionam as leis do país, que na área criminal – para não dizer outras – precisam ser revistas. Há quem cobre mais rigor e quem defenda, por conta de atrocidades como esta, o tema da pena de morte
Outro detalhe muito citado diz respeito aos índices de criminalidade na capital do agro. Por lá os assassinatos e tentativas de homicídio cresceram 300% nos últimos tempos, dando ao próspero município a incômoda fama de “Cidade do Crime”.
A resposta dada por especialistas, no caso desta estatística, encontra eco no minado campo das polarizações nossas de cada dia. Segundo alguns, o modelo de exploração econômica é um fator determinante para entender a violência em Sorriso. A baixa demanda por mão de obra, alta concentração de renda e sazonalidade do trabalho impactam diretamente na marginalização da população mais pobre, contribuindo para o surgimento de facções criminosas e o tráfico de drogas, com os problemas decorrentes.
Nesta tragédia, a propósito de algumas eventuais razões levantadas, obviamente sem unanimidade, o assassino confessou que estava sob o efeito de drogas, ao invadir a residência, dando margem a outra densa discussão, sobre como enfrentar, de forma efetiva, o avanço do consumo das drogas. De tudo ninguém discorda que esses temas precisam ser enfrentados, com sabedoria. Muita sabedoria!