Os pequenos produtores que aderiram ao projeto do Viveiro Municipal de Castanheira, de estimular o plantio do café clonal no município, têm mais um motivo para se animar. A cafeína pode reduzir os efeitos do estresse.
Segundo pesquisa, o composto químico bloqueia um mecanismo no cérebro que desencadeia diversos sintomas do estresse no corpo. Se o mecanismo é interrompido, os sintomas desaparecem, como demonstraram pesquisadores em testes com camundongos.
“Os ratos voltaram a ser completamente normais, não tinham mais sintomas de estresse. A capacidade da mente deles melhorou drasticamente. Eles estavam menos ansiosos e não mais deprimidos. Pensamos que o mesmo pode acontecer com humanos, há evidências de que a cafeína atua como antidepressivo e que melhora a habilidade intelectual”, diz Christa E. Müller, professora do Instituto de Farmácia da Universidade de Bonn, que já examinou o assunto junto com um grupo de pesquisa internacional.
Os cientistas têm feito grandes progressos na investigação sobre o tema. Eles procuram entender o que acontece no organismo que desencadeia os sintomas do estresse, um processo bioquímico altamente complicado no cérebro.
A adenosina, substância causadora de estresse, encaixa-se em uma ligação das células cerebrais, e os sintomas de tensão surgem. A cafeína, porém, bloqueia essa substância, afastando os sintomas. É como se ela ganhasse a “corrida”.
Os estudiosos chamam a atenção, contudo, para o fato de que cafeína em doses elevadas gera efeitos colaterais indesejáveis: mantém a pessoa acordada, provoca incontinência urinária e pode levar à hipertensão. Por isso, os cientistas estão procurando substâncias que protejam o organismo do estresse do mesmo modo, mas sem esses efeitos colaterais.