Hoje em dia, muitas igrejas têm adaptado a figura de Jesus Cristo para se alinhar com suas próprias crenças e agendas. Esse fenômeno resulta na criação de um "Jesus" que se distancia significativamente do verdadeiro Cristo apresentado nos evangelhos.
Em diversas denominações, vemos um Cristo que serve mais como um símbolo para justificar certas posições ideológicas do que como o Messias que viveu e pregou há mais de dois mil anos. Essa adaptação constante de sua imagem para atender a interesses específicos descaracteriza sua mensagem e ensinos fundamentais.
Nos evangelhos, Jesus é mostrado como um defensor dos pobres e oprimidos, alguém que desafiava a hipocrisia religiosa e pregava um relacionamento genuíno com Deus. Ele ensinava sobre amor, perdão, humildade e serviço ao próximo. No entanto, em algumas igrejas, esse Jesus é transformado em um defensor de prosperidade material, poder político ou exclusividade religiosa.
Essa distorção não apenas confunde os fiéis, mas também desrespeita a essência de quem Jesus realmente foi e do que ele pregou. É crucial que aqueles que professam seguir Cristo retornem aos evangelhos e redescubram o verdadeiro Jesus, aquele que nos chama a amar uns aos outros, a servir com humildade e a viver uma vida de compaixão e justiça.
A fidelidade ao verdadeiro Cristo exige coragem para ir contra a corrente, questionar narrativas convenientes e buscar uma fé autêntica e transformadora. Que possamos todos nos esforçar para conhecer e seguir o Jesus dos evangelhos, e não as versões distorcidas que muitas vezes nos são apresentadas.
Por Evandro Moretti